Por que investir em ações?
Publicado em 01 novembro 2012
Investir em ações ou papeis negociados nas Bolsas de Valores nunca foi um hábito em nosso país. Enquanto nos EUA, na maioria dos países europeus, na China e em algumas economias emergentes, pelo menos 20% das pessoas físicas fazem algum tipo de investimento em ações, no Brasil, o número de investidores não ultrapassa 580 mil, ou seja, cerca de 0,3% da nossa população. Na prática, essa proporção é ainda menor, já que apenas 130 mil brasileiros podem ser classificados como investidores ativos em ações, por fazerem, pelo menos, uma operação por mês.
As causas dessa distorção são muitas e variadas. A sucessão de crises econômicas, algumas muito graves, intercaladas entre os períodos de estabilidade ou prosperidade com que nos deparamos ao longo de toda a nossa história republicana, contribuiu para a consolidação, entre os brasileiros, de um sentimento geral de descrença ou desconfiança nos mecanismos de aplicação em bolsa e no mercado de ações. Esse efeito de fundo pode ter sido potencializado, também, pela existência, entre nós, de um nível muito elevado de desinformação acerca das práticas corriqueiras do mercado de ações e pela ausência generalizada de hábitos de educação financeira. Mas, o fator preponderante para esse tipo de comportamento em épocas recentes, foram as elevadíssimas taxas de juros a que esteve sujeita a nossa economia. De fato, nesse ambiente de juros estratosféricos, as aplicações de renda fixa, quase todas derivadas da emissão primária de títulos públicos, tornaram-se imbatíveis em rentabilidade e extremamente sedutoras para o cidadão comum, em vista da simplicidade das operações envolvidas e da aparente segurança final diante de riscos e incertezas.
No entanto, esse comportamento singular do investidor brasileiro pode estar mudando, não para se ajustar ao padrão internacional e nem, tampouco, como simples decorrência do amadurecimento da nossa economia, mas como resultado da grande redução nas taxas primárias de juros, posta em prática nos últimos dois anos. Nesse novo ambiente, computadas todas as parcelas – incluindo as incidências tributárias e os custos administrativos –, as aplicações pré-fixadas ou de renda fixa e, até mesmo, a popular caderneta de poupança, vêm se tornando progressivamente menos competitivas no cotejo com as aplicações de renda variável (especialmente os derivativos de ações). Nesse cenário, para garantirem bons resultados, notadamente no longo prazo, os brasileiros deverão incorporar novos hábitos nos seus investimentos pessoais e familiares, contemplando o mercado de ações e os papeis negociados nas Bolsas de Valores.
Independentemente das vantagens diretas perseguidas por cada investidor ou família, esse movimento produz um efeito extremamente positivo para o conjunto da economia. De fato, com o fortalecimento do mercado de ações e, consequentemente, da facilidade de novas captações financeiras nas Bolsas de Valores, as empresas e o setor produtivo poderão contar com uma fonte importante de capital para as ampliações de instalações, para a incorporação de tecnologias avançadas, para o desenvolvimento de novos produtos e para a geração de empregos mais qualificados. Em outros termos, posto em marcha, esse processo traz, em seu bojo, um poderoso mecanismo de auto-alimentação, que acaba se refletindo em taxas superiores de desenvolvimento econômico e social, com características ímpares de sustentabilidade.
As causas dessa distorção são muitas e variadas. A sucessão de crises econômicas, algumas muito graves, intercaladas entre os períodos de estabilidade ou prosperidade com que nos deparamos ao longo de toda a nossa história republicana, contribuiu para a consolidação, entre os brasileiros, de um sentimento geral de descrença ou desconfiança nos mecanismos de aplicação em bolsa e no mercado de ações. Esse efeito de fundo pode ter sido potencializado, também, pela existência, entre nós, de um nível muito elevado de desinformação acerca das práticas corriqueiras do mercado de ações e pela ausência generalizada de hábitos de educação financeira. Mas, o fator preponderante para esse tipo de comportamento em épocas recentes, foram as elevadíssimas taxas de juros a que esteve sujeita a nossa economia. De fato, nesse ambiente de juros estratosféricos, as aplicações de renda fixa, quase todas derivadas da emissão primária de títulos públicos, tornaram-se imbatíveis em rentabilidade e extremamente sedutoras para o cidadão comum, em vista da simplicidade das operações envolvidas e da aparente segurança final diante de riscos e incertezas.
No entanto, esse comportamento singular do investidor brasileiro pode estar mudando, não para se ajustar ao padrão internacional e nem, tampouco, como simples decorrência do amadurecimento da nossa economia, mas como resultado da grande redução nas taxas primárias de juros, posta em prática nos últimos dois anos. Nesse novo ambiente, computadas todas as parcelas – incluindo as incidências tributárias e os custos administrativos –, as aplicações pré-fixadas ou de renda fixa e, até mesmo, a popular caderneta de poupança, vêm se tornando progressivamente menos competitivas no cotejo com as aplicações de renda variável (especialmente os derivativos de ações). Nesse cenário, para garantirem bons resultados, notadamente no longo prazo, os brasileiros deverão incorporar novos hábitos nos seus investimentos pessoais e familiares, contemplando o mercado de ações e os papeis negociados nas Bolsas de Valores.
Independentemente das vantagens diretas perseguidas por cada investidor ou família, esse movimento produz um efeito extremamente positivo para o conjunto da economia. De fato, com o fortalecimento do mercado de ações e, consequentemente, da facilidade de novas captações financeiras nas Bolsas de Valores, as empresas e o setor produtivo poderão contar com uma fonte importante de capital para as ampliações de instalações, para a incorporação de tecnologias avançadas, para o desenvolvimento de novos produtos e para a geração de empregos mais qualificados. Em outros termos, posto em marcha, esse processo traz, em seu bojo, um poderoso mecanismo de auto-alimentação, que acaba se refletindo em taxas superiores de desenvolvimento econômico e social, com características ímpares de sustentabilidade.