Morar e Investir
Publicado em 10 agosto 2012
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Muito se fala sobre a extraordinária expansão do mercado imobiliário do país nos últimos anos. E, de fato, na nossa história recente, nenhum outro movimento econômico parece ter sido tão vigoroso e com tantas repercussões positivas no bem-estar da sociedade.
Mas, talvez, o principal impacto desse movimento ainda não esteja sendo percebido com clareza e em toda a sua extensão. O que se comenta, se discute na mídia ou se alardeia em programas políticos é apenas o efeito mais visível ou mais imediato: estamos reduzindo significativamente o escandaloso déficit habitacional do país e possibilitando o acesso de grandes contingentes populacionais a moradias adequadas, confortáveis e seguras. Já não seria pouca coisa. Mas, não é tudo.
Meu contato direto com esse mercado tem mostrado que, na grande maioria dos casos, o que as famílias buscam com a aquisição da casa própria – muito facilitada pela nova realidade econômica e pelos programas governamentais – é a segurança imediata. Para essas famílias, o sonho da casa própria representa a eliminação das incertezas no dia a dia. Incertezas com os aluguéis, com a continuidade do endereço, com as condições sanitárias e ambientais da vizinhança, com a localização inconveniente e, até mesmo, com a solidez das construções. Esse tem sido o grande motivador da adesão aos programas habitacionais, especialmente nos estratos de renda baixa ou média.
No entanto, sem que se perceba, esse movimento está produzindo outro efeito de grande importância: a formação de patrimônio familiar, ou seja, as famílias, quando adquirem a casa própria ou a trocam por outra mais valorizada, poupam e investem. Investem muito e investem bem, mesmo quando levadas a isso por outras razões, que não o investimento em si. Em termos financeiros, não existe nada comparável. Não existe nada tão lucrativo e seguro.
Nos países que já alcançaram, há mais tempo, níveis superiores de prosperidade, a formação de um patrimônio familiar passou a ser um hábito natural e arraigado. E isso começou a acontecer, também, aqui e agora. A expectativa natural em uma economia saudável é que as famílias prosperem. E a prosperidade continuada ao longo da vida, além de elevar os padrões de consumo, deve materializar-se em um sólido patrimônio. Este sim, garante a segurança que todos devem buscar no longo prazo.
Estamos conscientes disso? Estou começando a perceber o despertar dessa consciência e dessa nova possibilidade de comportamento. Muitos já descobriram que um imóvel residencial próprio tem alcançado, nos últimos anos, valorização duas ou três vezes superior àquela que poderia ser obtida, no mesmo período, com as aplicações financeiras usuais, desde a popular caderneta de poupança até os ativos de renda variável. Outros perceberam, também, que é fácil deslocar para o investimento imobiliário a totalidade dos seus depósitos no FGTS, cuja rentabilidade é incomparavelmente inferior. Uma decisão dessas faz toda a diferença na formação final do patrimônio familiar.
Contudo, o mais notável é que já vejo, com alguma frequência, um número significativo de pessoas considerando o investimento imobiliário, antes mesmo de constituírem as suas famílias. Essa não é apenas uma atitude saudável de planejamento antecipado. É, sobretudo, uma forma inteligente de se aproveitar das vantagens dos negócios menos imediatos. Uma casa ou um apartamento adquiridos na planta, dois ou três anos antes da data prevista para a entrega da unidade, pode resultar em uma economia de até 30% no preço final de compra. Além disso, alguns dos programas oficiais de financiamento habitacional admitem o custeio integral das moradias, ou seja, dispensam qualquer tipo de entrada ou sinal por parte do comprador. Nessas condições, com a obtenção de financiamento integral e com juros significativamente inferiores aos de qualquer outra linha usual de crédito, o comprador antecipado poderá garantir um efeito financeiro notável: alcançar uma valorização superior a 50% já no exato momento em que entrar na posse do imóvel adquirido e para ele se mudar. Em outros termos, o simples aproveitamento das oportunidades e a adoção da saudável prática do planejamento antecipado podem resultar no efeito da obtenção final de um patrimônio familiar duas vezes superior ao que seria formado com o mesmo esforço.
Acredito que, a estabilidade econômica, o aumento de renda e a continuidade dos programas de estímulo à aquisição da casa própria acabarão por generalizar o hábito da formação consciente de patrimônio familiar, na forma do investimento imobiliário básico. Como conseqüência, ainda parcialmente desapercebida, do processo já iniciado, as famílias não estarão apenas morando melhor no futuro próximo. Elas terão muito mais segurança financeira e alcançarão níveis superiores de prosperidade.
Mas, talvez, o principal impacto desse movimento ainda não esteja sendo percebido com clareza e em toda a sua extensão. O que se comenta, se discute na mídia ou se alardeia em programas políticos é apenas o efeito mais visível ou mais imediato: estamos reduzindo significativamente o escandaloso déficit habitacional do país e possibilitando o acesso de grandes contingentes populacionais a moradias adequadas, confortáveis e seguras. Já não seria pouca coisa. Mas, não é tudo.
Meu contato direto com esse mercado tem mostrado que, na grande maioria dos casos, o que as famílias buscam com a aquisição da casa própria – muito facilitada pela nova realidade econômica e pelos programas governamentais – é a segurança imediata. Para essas famílias, o sonho da casa própria representa a eliminação das incertezas no dia a dia. Incertezas com os aluguéis, com a continuidade do endereço, com as condições sanitárias e ambientais da vizinhança, com a localização inconveniente e, até mesmo, com a solidez das construções. Esse tem sido o grande motivador da adesão aos programas habitacionais, especialmente nos estratos de renda baixa ou média.
No entanto, sem que se perceba, esse movimento está produzindo outro efeito de grande importância: a formação de patrimônio familiar, ou seja, as famílias, quando adquirem a casa própria ou a trocam por outra mais valorizada, poupam e investem. Investem muito e investem bem, mesmo quando levadas a isso por outras razões, que não o investimento em si. Em termos financeiros, não existe nada comparável. Não existe nada tão lucrativo e seguro.
Nos países que já alcançaram, há mais tempo, níveis superiores de prosperidade, a formação de um patrimônio familiar passou a ser um hábito natural e arraigado. E isso começou a acontecer, também, aqui e agora. A expectativa natural em uma economia saudável é que as famílias prosperem. E a prosperidade continuada ao longo da vida, além de elevar os padrões de consumo, deve materializar-se em um sólido patrimônio. Este sim, garante a segurança que todos devem buscar no longo prazo.
Estamos conscientes disso? Estou começando a perceber o despertar dessa consciência e dessa nova possibilidade de comportamento. Muitos já descobriram que um imóvel residencial próprio tem alcançado, nos últimos anos, valorização duas ou três vezes superior àquela que poderia ser obtida, no mesmo período, com as aplicações financeiras usuais, desde a popular caderneta de poupança até os ativos de renda variável. Outros perceberam, também, que é fácil deslocar para o investimento imobiliário a totalidade dos seus depósitos no FGTS, cuja rentabilidade é incomparavelmente inferior. Uma decisão dessas faz toda a diferença na formação final do patrimônio familiar.

Acredito que, a estabilidade econômica, o aumento de renda e a continuidade dos programas de estímulo à aquisição da casa própria acabarão por generalizar o hábito da formação consciente de patrimônio familiar, na forma do investimento imobiliário básico. Como conseqüência, ainda parcialmente desapercebida, do processo já iniciado, as famílias não estarão apenas morando melhor no futuro próximo. Elas terão muito mais segurança financeira e alcançarão níveis superiores de prosperidade.